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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O telefone toca.



_ Alô? – Diz ela com tom sonolento.
_ Aqui quem fala, é seu amor.
_ Por que está me ligando? Já lhe disse que não quero saber de você. – Ela dispara palavras rudes.
_ Porque, quem ama não desiste, você se lembra? – Ele murmura.
_ Já reparou que horas são? Vou desligar, perda de tempo, isso tudo.
_ Espere… – Ele suplicou.
_ O que foi agora?
_ Me dê apenas 5 minutos, quero fazer deles os mais preciosos. Por favor.
_ Esta bem, seja breve. - Ela dispara…
_ Posso não ser o Sr. Perfeito, mas deixe-me lhe mostrar o quanto eu posso te fazer feliz, como ninguém. Deixa eu cuida de você. Me deixa te acordar com um “Ei anjo, acorde já estou com saudades.” Deixe-me te apresentar como minha, minha vida, meu amor para meus amigos. Deixe-me andar de mãos dadas contigo na rua, te matar de beijos e amores. Deixa? Deixa eu ser o seu nada transformado em tudo?
_ Eu te amo. – Ela sussurra e desliga o telefone rápidamente.
_ Ela volta para a cama. Minutos depois… Uma SMS.
_ (…) Olhe pela janela!
Ela se levanta e corre a janela.
_ Um dia me perguntaram até onde eu iria por amor. Eu lhe respondi: Até a porta da casa dela. – Ele diz com um sorriso torto no rosto.

domingo, 9 de outubro de 2011

Caio Fernando Abreu


Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva